Entenda com Agenor Vicente Pelissa, como a Integração Lavoura-Pecuária pode atuar na recuperação de solos degradados
Conforme comenta o produtor rural Agenor Vicente Pelissa, a agricultura enfrenta desafios crescentes, e a degradação dos solos é um dos mais preocupantes. Pois, sem um solo saudável, a produção de alimentos fica comprometida, o que afeta tanto a economia quanto a segurança alimentar. Nesse cenário, a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) surge como uma solução promissora, unindo diferentes atividades agrícolas para recuperar e manter a qualidade dos solos.
Mas como essa prática funciona e como ela de fato recupera os solos? Veja, a seguir.
Como a ILP ajuda a recuperar solos degradados?
A ILP combina o cultivo de grãos e forragens com a criação de animais em um mesmo espaço, alternando ou associando essas atividades. De acordo com o agropecuarista Agenor Vicente Pelissa, essa estratégia permite que o solo descanse enquanto continua produtivo. A introdução de pastagens no sistema melhora a cobertura vegetal, protegendo o solo contra a erosão e reduzindo a perda de nutrientes.
Além disso, as raízes das plantas forrageiras ajudam a descompactar o solo, promovendo maior infiltração de água e melhor aeração. Outro ponto crucial é a maior presença de matéria orgânica. O esterco dos animais contribui para a fertilidade do solo, enriquecendo-o com nutrientes essenciais.
Dessa forma, quando aliado a práticas de rotação de culturas, o sistema ainda controla pragas e doenças, reduzindo a necessidade de químicos, como destaca o agricultor Agenor Vicente Pelissa. Assim, a ILP não só recupera solos degradados, mas também melhora sua estrutura e funcionalidade a longo prazo.
O aumento na produtividade agrícola com a ILP
Ao combinar culturas e pecuária, o sistema utiliza os mesmos recursos de forma otimizada, o que resulta em maior produção por hectare. O solo regenerado, por sua vez, se torna mais fértil e estável, permitindo que as lavouras cresçam mais vigorosas e com menos dependência de fertilizantes artificiais.
Ademais, segundo o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, a diversificação de atividades reduz os riscos financeiros. Já que caso uma safra sofra prejuízos por questões climáticas, o produtor ainda conta com a pecuária para sustentar sua renda. Esse equilíbrio também promove a resiliência do sistema agrícola, garantindo colheitas consistentes mesmo em condições adversas, um fator essencial diante das mudanças climáticas.
Quais os desafios para implementar a ILP em larga escala?
Embora os benefícios sejam claros, a implementação da ILP ainda enfrenta barreiras. Um dos principais desafios é a necessidade de capacitação técnica, conforme menciona Agenor Vicente Pelissa. Muitos produtores desconhecem as práticas ideais para manejar esse sistema, o que pode levar a erros e resultados abaixo do esperado. Portanto, investir em treinamento e assistência técnica é crucial para o sucesso da ILP.
Outro obstáculo é o custo inicial. A compra de insumos, maquinário adequado e a adaptação das propriedades requerem investimento. No entanto, programas de incentivo governamental e parcerias com instituições de pesquisa podem facilitar o acesso dos produtores a tecnologias e recursos necessários. Assim sendo, com apoio, é possível superar essas dificuldades e aproveitar todo o potencial da ILP.
Uma solução promissora para os problemas com o solo
Em última análise, nota-se que a Integração Lavoura-Pecuária é muito mais do que uma tendência agrícola; é uma estratégia para transformar desafios em oportunidades. Até porque, recuperar solos degradados e aumentar a produtividade agrícola de forma sustentável são metas alcançáveis por meio dessa prática. Portanto, apesar dos desafios envolvidos, os benefícios econômicos e ambientais tornam a ILP uma alternativa indispensável para o futuro da agricultura.